Estou em mora com este blog, isso é evidente.
Eu deveria começar com algo menos óbvio, let me refrase it. Voltando da faculdade, hoje de manhã, peguei o ônibus errado e acabei em lugar diverso do planejado. Não importa aqui dizer onde cheguei, mas como - razão de minha catarse e leitmotiv para este post. Relevado o fato de que ainda consigo pegar a condução errada, meu "erro" acabou se revelando um acerto. Passando pela orla da baía observando o mar, os veleiros, sentindo o vento verde no rosto encontrei o que não poderia ter encontrado se seguido à risca minha rotina. Encontrei a mim mesmo. Já estava há alguns meses perdido em um turbilhão de provas, livros e projetos acadêmicos, esquecendo-me que a alma também precisa de alimento. A pintura que aqui coloco, de Sandra Nunes, me remete a esta consequência feliz de uma descoberta acidental, sentimento que na língua inglesa é chamado de serendipity e tem um significado especial para mim em razão da afeição que tenho por esta pintura e pela sua autora, minha mãe.
